DO PALCO AO COSMOS : SOB BREVE INVENTÁRIO CRÍTICO, TRIBUTO MEMORIAL A UMA GRANDE ESTRELA

 

 

                                                                    

Jazz no Coração. Espetáculo em dúplice ideário por Françoise Forton e Delson Antunes. Agosto de 2014. Foto/Guga Melgar

      

Excertos de críticas publicadas no blog autoral Escrituras Cênicas para ressaltar, através das poéticas e reflexivas palavras do Rosa da prosa, que "as pessoas não morrem, ficam encantadas”. E é neste processo de mágico encantamento que se perpetua, agora, a passagem definitiva da carismática atriz Françoise Forton, do sucesso dos palcos brasileiros ao brilho eterno no universo cósmico das estrelas.

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“Ainda não consegui fazer filosofia, versos ou colar retratos aqui (...) Queria voltar ao atelier, leiloar tudo se necessário. Mas sentir as mãos livres, os passos soltos! Minha vida chega a um impasse...

A partir de reflexões como esta, em formato de prosa poética, a concepção conjunta, da atriz Françoise Forton e do dramaturgo Delson Antunes, conduz a um inventivo e envolvente inventário poético/teatral em torno da obra de Ana Cristina Cesar, no espetáculo Jazz do Coração.

Num suporte minimalista, a montagem fala, com rara emoção, de um tempo quase ancestral diante do que viria, a seguir, com as especificidades virtuais da geração internet.

Complementada na sensitiva representação de Françoise Forton que alcança o sotaque necessário para o complexo e, às vezes, difícil relacionamento entre a linguagem poética pura e a performance teatral, campo de indiscutível experiência e domínio do diretor Delson Antunes".

                                  (Jazz no Coração, agosto de 2014)

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“Com seu timbre vocal de seguro alcance, Mauríco Baduh é o par ideal para a tessitura de Françoise Forton, esta mais comedida dentro de um assumido dimensionamento melodramático.

Mas de perceptível envolvência psicofísica para falar bem de perto aos ouvidos, corações e mentes de cada espectador, ampliado no seu sensorial e simpático gestualismo, entre o canto e o teatro, imprimido por Marina Salomon.

Despretensiosa, mas elegante, é assim a  funcional sutileza estética que a direção de André Paes Leme confere ao espetáculo,  favorecendo o clima da representação, ao qual nunca falta o entretenimento lúdico aliado a uma nuance reflexiva".

                              ( Um Amor de Vinil, maio de 2017)



Um Amor de Vinil. Françoise Forton e Maurício Baduh. Maio de2017. Foto/Pedro Murad.


Entre os anos 60/70, existiam dois Brasis. Um sombrio, outro sob refletores. Um de fardas e coturnos, outro de jaquetas de couro e saltinhos elegantes; um de tanques, outro de lambretas. Um de hinos oficiais, outro de rockinhos nacionais.

E é para ali  que os sonhos dos personagens de hoje convergem, num mix de épocas marcado pela alegria de viver, na peça/musical  de Flávio Marinho – Estúpido Cupido.

Expert numa dramaturgia de memórias antigas para um tempo presente, o autor se inspirou na novela homônima da tevê, para recriar um universo cujo  único elo está na Tetê (Françoise Forton), protagonizando lá e cá, e no nostálgico score sonoro.

Onde Françoise Forton, sempre em grande forma, avança para dentro do personagem sob intensa e emocional performance...

                                (Estúpido Cupido, novembro de 2015)

 Françoise Forton em Estúpido Cupido. Texto de Flávio Marinho. Novembro 2015.Foto/Ricardo Brajterman.

 (Fragmentos de críticas de espetáculos em que atuava, como protagonista, a atriz Françoise Forton, publicadas no blog autoral Escrituras Cênicas, por Wagner Corrêa de Araújo, entre 2014 e 2017).                                





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